Renovação Cultural

Ao refletirmos sobre Isaías 60:4-11, 17-21, um convite à renovação cultural se destaca. Neste texto, encontramos profecias sobre um tempo futuro de prosperidade, onde as nações se reúnem em Jerusalém trazendo suas riquezas para a glória de Deus.

O profeta Isaías descreve uma visão inesquecível. Ele fala de camelos trazendo presentes, navios cruzando os mares com tesouros, e das muralhas e portas que permanecem sempre abertas. Esta visão não é apenas de prosperidade material, mas da verdadeira renovação cultural. Compare isso com as cidades modernas que conhecemos — cidades marcadas pela violência, divisão e desesperança. Isaías, ao descrever o futuro de Jerusalém, pinta um quadro de inclusão, paz e louvor.

O contexto é claro. Deus está mostrando através do profeta que a verdadeira renovação não é sobre acúmulo de poder ou riqueza, mas sobre uma transformação cultural que venha para a glória de Deus. Com isso, as nações do mundo se voltam não para o esplendor de Jerusalém em si, mas para a luz de Deus que nela brilha.

Essa visão de Isaías nos conduz diretamente para o Apocalipse. Em Apocalipse 21-22, vemos uma imagem semelhante de uma nova Jerusalém onde a presença de Deus é a luz que ilumina a cidade. Não há necessidade do sol ou da lua, pois a glória de Deus ilumina tudo, e as nações trazem sua glória para ela.

Esta mensagem tem grandes implicações para nós hoje. Existe uma necessidade de entendermos a bondade da cultura. O trabalho cultural, seja arte, ciência, ou arquitetura, não é inimigo da espiritualidade, mas parte essencial do próprio propósito de Deus para a humanidade. E ainda, temos a responsabilidade de garantir que a nossa participação nesta cultura glorifique a Deus, não a nós mesmos. Quando trabalhamos e vivemos para glorificar a Deus, em vez de buscar apenas nosso próprio nome ou ganho, podemos fazer parte de uma verdadeira renovação cultural.

Finalmente, voltando à cruz, encontramos a essência da luz que atrai as nações. Essa luz é o sacrifício de Jesus, que nos enche com um propósito e identidade que não dependem do nosso trabalho, mas do que Ele fez por nós.

Ao viver entre a tensão do já e do ainda não, somos chamados a ser agentes de renovação cultural, trabalhando para um mundo que reflete a bondade de Deus em cada aspecto da vida.

Reflexão

• Como você pode utilizar seus talentos culturais para glorificar a Deus na sua vida diária?
• Quais aspectos de sua cultura você acredita que expressam a bondade e a criatividade de Deus?
• De que forma você pode contribuir para uma renovação cultural que espelhe o Reino de Deus?