
Planos e Orações
Em Romanos 15, os planos de Paulo são delineados claramente, assim como as dificuldades que enfrentou. Ele queria pregar na Espanha, passando por Roma após ir a Jerusalém. Paulo mantinha grandes expectativas de que esses esforços seriam apoiados em oração pelos crentes em Roma. No entanto, como sabemos, nem tudo saiu como o planejado. Os imprevistos e as dificuldades vieram ao encontro de seus anseios, desviando seus passos para águas desconhecidas.
Paulo, o apóstolo dos gentios, encontrava sua missão de pregar o evangelho como um dever sagrado, usando uma linguagem reminiscente do sacerdócio do Antigo Testamento. Ainda que seus planos fossem cuidadosamente construídos, ele sempre buscava a cobertura da oração junto aos irmãos, reconhecendo que as lutas em oração poderiam alterar as rotas de seus projetos.
_ Paulo escrevia com sinceridade e de maneira educada. Seu desejo era uma visita à igreja de Roma, se hospedando com os irmãos, antes de continuar a jornada para a Espanha. Contudo, ele estava comprometido em levar uma oferta dos gentios para os crentes pobres em Jerusalém. A oferta simbolizava mais que ajuda material; era um elo de amor entre judeus e gentios, mostrando gratidão por aquilo que espiritualmente lhes era tão caro. _ A Bíblia nos mostra Paulo em Atos aprisionado, contradizendo suas orações por liberdade dos rebeldes da Judeia. E ainda assim, Deus usou a prisão de Paulo para propósitos maiores. Durante sua reclusão, ele escreveu as Cartas da Prisão - Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom - que enriquecem a fé de milhões até hoje.
Romanos 15:30-33 expressa pedidos sinceros de oração. Paulo entendia que o plano de Deus poderia não coincidir com o seu. Para ele, a oração era uma batalha compartilhada, um convite para que outros participassem da intercessão. Apesar de suas expectativas não terem sido concretizadas, Paulo encontrou maior glória e cumprimento em Deus, que suas cartas escritos na prisão gloriosamente revelam.
Romanos 15:30-33: "Rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor..."
Num mundo onde o inesperado rege com frequência, Paulo nos lembra que nossos planos são fragmentos em uma tapeçaria divina mais ampla. Planejamos, oramos, e ainda assim, em última análise, nos rendemos à vontade soberana de Deus, confiando que Ele trabalha tudo para um bem maior, mesmo quando os caminhos não são claros.
Reflexão
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Quais são os planos que você tem colocado diante de Deus em oração?
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Como você reage quando Deus responde suas orações de forma diferente do que esperava?
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Você tem um grupo de irmãos com quem compartilha suas lutas em oração?
Categoria: oração