Devocional
João 13:1-17
Servir é disciplina?
O **serviço** é muito mais do que demandas a serem cumpridas, ele **inicia dentro do coração** com o desejo de fazer aquilo que está precisando ser feito, mesmo que não seja a sua função ou mesmo que não seja uma demanda especificamente sua. O desejo de servir faz você querer ajudar. Isso é uma expressão prática do amor que temos por Deus e pelo nosso próximo.
Quando Jesus lavou os pés dos discípulos, Ele nos deixou um exemplo claro de que, **no Reino de Deus, a grandeza não está ligada a status, mas à disposição de servir com humildade.** O serviço não diz respeito a um status, ou a mostrar para o outro aquilo que está fazendo. Pelo contrário, um bom servo trabalha mesmo quando ninguém está vendo e **faz com prazer, de todo coração**.
O apóstolo Paulo compara a igreja a um corpo, onde cada parte é importante e tem uma função específica. Assim, não importa o quão "visível" seja o seu serviço, o que importa é a fidelidade com que ele é feito. Servir, também tem haver com a vida espiritual, inclusive nos ajuda a crescer nessa área. **Quando estamos servindo ao nosso próximo, deixamos de lado todo o egoísmo existente e isso nos leva a viver mais parecidos com Cristo.**
O serviço nos ensina paciência, compaixão, responsabilidade e, muitas vezes, **nos leva a lugares que nunca imaginaríamos, nos aproximando mais do coração de Deus**. Além disso, servir é uma forma de testemunho. Quando as pessoas veem uma comunidade onde todos se ajudam e trabalham juntos com alegria, elas percebem algo diferente — e isso pode abrir portas para que conheçam o amor de Jesus. A igreja cresce, não apenas em número, mas em maturidade, quando cada membro entende que foi chamado para ser um servo.
Devocional
Isaías 30:15
Ruído vs silêncio
É evidente o quanto o silêncio impacta nossas vidas, porém não há como falar de silêncio sem falar de ruído, pois a ausência de um é a presença do outro. Nos dias atuais, o ruído tem feito parte do nosso cotidiano. Na maior parte do nosso dia convivemos com diferentes tipos de ruído, temos aqueles que não mais nos incomodam ou aqueles que geram em nós todo tipo de sentimento. Porém, o ruído no qual estamos abordando neste breve texto não é apenas uma mixagem de sons e frequências que nossos ouvidos captam, são também situações e circunstâncias que podem afetar nosso relacionamento com Deus. **O ruído pode ser tanto interno quanto externo, desde nossos pensamentos mais intrusivos até ideias e conversas indevidas que não agregam em nada e nem trazem edificação.**
Nas Escrituras Sagradas, o silêncio se apresenta de várias formas, quando é tempo de falar ou calar, como uma forma de resposta, como uma oportunidade de exercemos nossa fé, como uma oportunidade de termos uma reflexão profunda e ter paz ou como discernimento e sabedoria de ficar calado. Enfim, o silêncio nos ajuda a conhecer a Deus e conhecer quem nós somos em Deus, esse conhecimento com base no silêncio é sacrifical, pois nossa tendência é sempre falar e gerar ruído. **Quando damos espaço ao ruído, o silêncio se torna ausente e na sua ausência, somos seres tolos, orgulhosos e sem discernimento.** O silêncio não só contribui com nosso próprio crescimento, mas também com o crescimento e edificação do nosso próximo, pois quando sacrificamos nossa razão e emoção e deixamos o silêncio como resposta nos momentos de fúria, estamos evitando declarações desagradáveis e ofensivas contra pessoas a quem queremos o bem.
No entanto, perante todas essas questões, existe uma pergunta não menos importante: **o que fazer quando vivemos o silêncio de Deus?** Quando andamos ansiosos por uma resposta de Deus, mas não ouvimos nada e entramos em um certo desespero, esquecemos que a vontade de Deus é perfeita e agradável e que um dos pilares do nosso relacionamento com Ele é a fé que devemos ter e exercer Nele. Assim como o salmista expressou: "Esperei pacientemente no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor" (Sl. 40:1). **Diante do silêncio de Deus, o que nos resta é ter fé e esperar, pois, Ele vai nos responder.** Que o Silêncio de Deus não seja um motivo de abalo para nossa fé, mas seja uma **oportunidade** de nos reafirmarmos Nele, **pois Deus jamais desamparará seus filhos (Sl. 22:24).** Que o Silêncio seja presente nas nossas vidas para que possamos edificar e sermos edificados.
Devocional
Gênesis 24:1-27
Escolhas Sábias no Amor
A passagem de Gênesis 24 nos fala da busca de uma esposa para Isaque, um momento crucial na vida de Abraão. Ele não estava apenas preocupado com a felicidade de Isaque, mas com a promessa de Deus de fazer dele uma grande nação. Imagine a responsabilidade de escolher não só uma companheira, mas alguém que influenciaria gerações futuras.
O primeiro passo trazido nessa reflexão é que devemos estar em oração antes de encontrar alguém especial. Abraão enviou seu servo à procura da pessoa certa, mas não sem antes orar para que Deus guiasse seus passos. Em oração, o servo pediu a Deus sinais claros, e Rebeca apareceu enquanto ele ainda estava orando. Isso mostra que, quando buscamos a Deus sinceramente, Ele dirige nosso caminho, revelando a pessoa certa no momento certo. Devemos pedir a Deus que nos mostre quem realmente é para nós, guiando nossos corações para além das aparências.
Outro ponto importante é a importância de ouvir nossas autoridades, como nossos pais e líderes espirituais. Embora hoje a escolha de um parceiro seja pessoal, não devemos desconsiderar a sabedoria e a experiência de quem já viveu mais. Consultar aqueles que nos amam e têm experiência pode nos poupar de muitos enganos. Como na história de Samuel e Eli em 1 Samuel, muitas vezes a voz de Deus se manifesta através dos nossos líderes.
Escolher alguém da "família da fé" também é um princípio encontrado na história de Abraão. Ele instruiu seu servo a procurar entre seus parentes, entre aqueles que compartilhavam a mesma fé e princípios. Da mesma forma, ao escolhermos alguém para compartilhar a vida, é vital considerar se essa pessoa está em sincronia com nossa caminhada espiritual.
Além disso, é essencial não escolher apenas com os olhos, mas considerar o caráter. A beleza externa está longe de ser a base mais sólida para um relacionamento duradouro. Rebeca não foi escolhida apenas por sua aparência, mas por seu espírito servil, característica valorizada por Abraão. É preciso olhar além da embalagem e contemplar o conteúdo.
Por último, a pureza é algo a se buscar em um parceiro. A pureza em pensamento e atos. Mesmo aqueles que têm um passado, através do arrependimento, podem ser restaurados por Deus. Na história de Davi e seu pai, vemos como o amor de pai não se altera diante dos erros, mas continua a acolher e restaurar.
Assim, ao escolher um parceiro, devemos nos ater a princípios divinos, orar constantemente, honrar autoridades em nossas vidas e prezar por valores que vêm do coração. Deixe que o Espírito Santo guie essa importante decisão em sua vida.