
Liberdade com Amor
A liberdade é um dos principais conceitos do cristianismo. Quando Jesus veio ao mundo, Ele trouxe uma mensagem que libertou tanto os judeus quanto os gentios das amarras de uma religião que se centrava em regras e restrições. No entanto, apresentar a liberdade que Cristo nos dá não é apenas uma questão de poder fazer o que quisermos, mas sim, de amar e edificar uns aos outros.
O apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos, aborda esta questão no capítulo 14. Ele fala sobre a importância de não julgarmos uns aos outros, especialmente quando se trata de questões secundárias da fé, como restrições alimentares que muitos judeus convertidos ainda seguiam, apesar de agora terem a liberdade em Cristo.
Paulo diz que tudo é puro. Nenhum alimento é, de si mesmo, impuro, mas ele alerta que convicções de consciência podem tornar alguns alimentos impuros para certas pessoas. Portanto, o forte na fé, aquele que compreende a liberdade plena em Cristo, deve ter cuidado para não se tornar um obstáculo para o irmão mais fraco. Se a liberdade do forte faz o irmão mais fraco tropeçar ou se sentir ofendido, então essa liberdade está sendo mal utilizada.
Por exemplo, na época de Paulo, havia judeus que ainda tinham dificuldade em abandonar tradições, como não comer determinados alimentos. Enquanto isso, os gentios convertidos e mais fortes na fé não tinham tais restrições. Paulo exorta a igreja a buscar a paz e a edificação mútua. Ele destaca que o Reino de Deus não é feito de comida nem de bebida, mas de justiça, paz e alegria no Espírito Santo. A verdadeira essência de servir a Cristo está em ações que são agradáveis a Deus e que não causam maledicência.
Para Paulo, usar a liberdade cristã de forma responsável é crucial. Isso significa não insistir em que outros abandonem suas convicções se isso não for uma questão de salvação ou fé essencial, mas também não se pode permitir que as convicções de uns asfixiem a liberdade que há em Cristo. Deve-se cultivar um ambiente onde todos, fracos e fortes, possam crescer espiritualmente e viver unidos pelo amor de Cristo.
Refletindo sobre esta passagem, Paulo diz que bem-aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova, ou seja, aquele que pode desfrutar da liberdade em Cristo sem causar escândalo ou tropeço aos irmãos mais fracos. Tudo que não provém de fé é pecado, por isso é importante que nossas ações sejam sempre conduzidas por uma fé sólida e amor ao próximo.
Ao terminar este trecho, fica claro que é necessário haver respeito mútuo e que cada um busque o Reino de Deus em paz, promovendo a edificação coletiva da igreja e preocupação com o bem-estar espiritual do outro.
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Reflexão
- Como podemos exercer nossa liberdade em Cristo de maneira que promova a edificação dos nossos irmãos?
- Existem áreas em nossa vida onde estamos insistindo em usar a liberdade sem considerar o amor ao próximo?
- De que maneira nossa compreensão da liberdade em Cristo pode ser um testemunho para o mundo ao nosso redor?
Categoria: amor