
Invoque o Nome do Senhor
Na carta aos Romanos, capítulo 10, Paulo nos guia por uma reflexão profunda sobre a salvação e o papel fundamental da fé. Ele destaca que "todo aquele que nele crê não será confundido." Apesar da rejeição de Jesus por parte dos judeus, o apóstolo lembra que não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o próprio Deus é Senhor de todos e rico para todos que o invocam.
Paulo está dedicado a sua missão: levar o Evangelho aos rincões desconhecidos até então. Ele planeja ir à Espanha, seu próximo campo de pregação, e busca o apoio da igreja em Roma para esse projeto. Contudo, ele enfrenta descrédito de judeus convertidos que, apesar de crerem em Jesus, ainda seguem práticas e tradições judaicas, como a circuncisão e as dietas religiosas.
A dúvida de muitos era: por que Paulo prega contra a lei e as práticas mosaicas? No capítulo 9 de Romanos, Paulo defende que, embora a maioria dos judeus tenha rejeitado Jesus, isso não anula as promessas divinas. Deus cumpre sua aliança com os eleitos, aqueles que realmente creem, tanto judeus como gentios. Ele reafirma que os judeus eram culpados por rejeitar Jesus, pois tinham conhecimento do Evangelho, conforme pregado por Moisés, mas o desprezaram.
No coração da mensagem de Paulo, está a promessa de que "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Romanos 10:13). Esta oferta não é limitada a uma nação ou cultura específica. Paulo cita profetas como Isaías e Joel, que sustentam que a salvação seria estendida a todos aqueles que buscam a Deus, independente de suas origens étnicas. A salvação é universal: qualquer um pode clamar a Deus e encontrar redenção.
Paulo nos ensina que a fé vem pelo ouvir a pregação. Por isso, ele ressalta a importância do envio de missionários: "Como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão se não há quem pregue? E como pregarão se não forem enviados?" (Romanos 10:14-15). Este é o ciclo da evangelização que começa com o envio, passa pela pregação, segue ao ouvir, e culmina na fé.
Este apelo à pregação não é contraditório com a doutrina da eleição. A soberania de Deus é a base da confiança para o anúncio do Evangelho. Deus tem seus eleitos, e por meio da pregação, eles ouvirão e crerão. É vital reconhecer que, sem a igreja enviando pregadores, o plano de salvação de Deus não alcançará seus objetivos, pois Deus decidiu operar por meio de seu povo.
No presente, essa missão é nossa. Temos o privilégio de ouvir o Evangelho. Que cada um de nós possa invocar o nome do Senhor, encontrando nele perdão e vida nova. Que possamos ser os mensageiros dessas boas novas a todos os povos e nações, espalhando a esperança que vem de Deus.
Categoria: missões