Devocional
Colossenses 1:15-20
Jesus: O Leão e o Cordeiro
Há algo verdadeiramente inspirador e revelador em como Jesus se manifesta tanto como um leão quanto como um cordeiro em sua natureza. **Um leão é admirável por sua força feroz e aparência majestosa**, enquanto um cordeiro é admirável por sua mansidão e auxílio aos outros. Mas, ainda mais admirável é um Cristo que combina ambos: um leão feroz em majestade e um cordeiro cheio de graça e mansidão.
Nos dias de hoje, muitos de nós anseiam por entender o papel de Jesus no grande esquema da glória de Deus. Em **Colossenses 1:15-20**, o apóstolo Paulo retrata Jesus como o centro de toda a criação e da salvação. Jesus não é apenas o meio pelo qual a salvação é possível; Ele é o fim, o objetivo supremo.
Jesus é apresentado como a imagem do Deus invisível, alguém que traz a divindade ao nosso alcance perceptível. Em sua plenitude, Ele manifesta características de um líder poderoso e ao mesmo tempo de alguém com o maior espírito de serviço. Esta dualidade—ser forte como um leão e suave como um cordeiro—faz de Cristo uma figura única na história da fé.
Paulo, ao descrever Jesus como o "primogênito de toda criação", não o coloca como o primeiro ser criado, mas sim como o mais importante, o mais amado e o mais evidente entre toda a criação. Este conceito de "primogênito" não se refere a uma ordem cronológica, mas sim à supremacia e preeminência de Jesus em todas as coisas.
Na narrativa bíblica, Jesus é visto como o agente through o qual Deus criou todo o cosmos, como é evidenciado por "tudo foi criado por meio dele e para ele". Ele mantém a criação unida e, incrivelmente, entrou na própria criação como homem—o único capaz de oferecer reconciliação pelo sacrifício de si mesmo.
Para os cristãos, esta união de qualidades em Cristo reflete perfeitamente nosso desejo por algo maior—para que nossas vidas tenham um sentido profundo e eterno. A sua majestade e misericórdia nos convidam a vê-lo como o salvador e a substância do nosso anseio por significado.
Que possamos então sempre lembrar que o foco final não é apenas encontrar satisfação em tudo que Ele criou, mas sim encontrar **nossa satisfação total nEle mesmo, que é a plenitude de Deus**.
Jesus é a verdadeira imagem daquele que não podemos ver e, com Ele, somos chamados a viver vidas que glorificam esse reino que Ele inaugurou. Que ao olhar para Cristo como o leão e o cordeiro, possamos ver não só o poder e a justiça, mas também o amor e a misericórdia que Ele oferece abundantemente a todos nós.
Que possamos aprender a aceitar estas verdades em nossa vida diária, reconhecendo a supremacia e a gentil oferta de salvação que nos é dada em amor através de Jesus.
Devocional
Hebreus 9:22
Expiação pelo Sangue
**Sem derramamento de sangue, não há perdão**. Essa afirmação da Bíblia é poderosa e nos lembra da importância do sacrifício de Cristo na cruz. Desde o início dos tempos, o sangue foi um elemento central nas Escrituras, simbolizando tanto vida quanto expiação. Quando pensamos no sangue, somos muitas vezes lembrados de acidentes trágicos, guerras e crimes. Mas o sangue também simboliza sacrifício e salvação. No Antigo Testamento, como descrito em Levítico 17:11, o sangue era necessário para a expiação dos pecados, mas essa expiação alcançou seu significado mais profundo com a vinda de Jesus Cristo. Ele, o Filho de Deus, tornou-se o sacrifício final, oferecendo Sua vida para que pudéssemos ser perdoados. Essa é uma mensagem que ecoa em toda a Bíblia, desde o tempo de Adão e Eva, cujos pecados resultaram no primeiro derramamento de sangue quando Deus sacrificou um animal para cobri-los, até o sacrifício de Abraão, que quase ofereceu seu filho Isaac a Deus, mas foi impedido na última hora, simbolizando a provisão de Deus. E também, na Páscoa, quando o sangue do cordeiro nos umbrais das portas protegeu os israelitas da morte no Egito. Esses eventos nos direcionam à cruz e ao sangue que Jesus derramou, fornecendo um novo caminho para a salvação.
A cruz de Cristo é o ápice deste plano divino. É descrita como a única via pela qual podemos alcançar o céu. Assim como o sangue que corre em nossas veias transporta nutrientes e oxigênio, o sangue de Cristo nos redime e nos purifica dos pecados. Ele é a justificativa da fé cristã. Jesus é chamado de Cordeiro de Deus e Sua morte simboliza o sacrifício perfeito, redentor, que abriu as portas do céu para todos os que creem. Ele nos convidou a sermos discípulos, a tomarmos a nossa própria cruz e segui-Lo, transformando nossas vidas por completo. Essa transformação não é sobre nossos atos ou bondade, mas sobre a aceitação do sacrifício dEle e a entrega à Sua vontade. Ao aceitar o sangue de Cristo, a promessa é de vida eterna e reconciliação com Deus.
O mundo ansiava por paz. A mensagem da cruz oferece não apenas essa paz, mas também esperança. Jesus, ao morrer por nossos pecados, nos libertou das prisões do pecado e da morte, oferecendo uma nova vida. Nossa responsabilidade é aceitar essa dádiva, arrependendo-nos e acreditando no Senhor como nosso Salvador. Por meio dessa aceitação, somos justificados, redimidos e reconciliados. Os tempos podem ser desafiadores, mas a certeza do perdão e da vida eterna nos conduz. Independentemente das lutas que enfrentamos, o sangue derramado na cruz nos garante um relacionamento renovado com Deus e um futuro cheio de esperança e paz.
## Reflexão
- Qual é o significado do sangue no contexto da salvação e por que é essencial para o perdão dos pecados?
- De que maneira o sacrifício de Jesus transforma a maneira como vivemos nossa vida diária?
- Como podemos aplicar o conceito de expiação em nosso próprio caminho de fé e serviço aos outros?
Devocional
1 Coríntios 10:12-13
Dizer Não ao Mundo
No mundo de hoje, repleto de tentações e desafios, encontrar força para resistir ao que é errado é absolutamente crucial. O ponto central da reflexão é o poder do "não". Essa palavra simples, mas poderosa, possui a capacidade de resguardar a integridade de muitos na história bíblica. Um exemplo disso é Vashti, uma rainha da Pérsia, que ousou dizer "não" a um pedido indigno de seu marido, o rei Xerxes. Seu ato de desafio e coragem abriu caminho para a salvação de seu povo, já que, devido à sua recusa, outra rainha, Ester, emergiu para salvar os judeus de um plano mortal. Vashti nos ensina que, mesmo diante de ameaças à segurança e conforto pessoal, tomar uma posição firme contra o que é incorreto traz libertação e propósito.
A história brilhante de Daniel reitera essa força do "não". Levado como cativo para Babilônia, Daniel decidiu em seu coração não se contaminar com os manjares do rei. Embora estivesse a milhas de casa, optou por honrar a Deus ao invés de ceder aos luxos e pressões em sua nova circunstância. Sua vida de princípios imaculados o preparou para enfrentar desafios ainda maiores, como o enfrentamento da cova dos leões.
Outro exemplo impactante vem de José, que, mesmo tentado pela esposa de Potifar, manteve sua integridade. Em Gênesis 39, ele recusou os avanços e manteve sua fé em Deus, mesmo diante de falsas acusações. Sua firmeza, no final, o elevou a uma posição de grande autoridade no Egito, retratando que Deus exalta aqueles que permanecem fiéis.
Neste contexto, a ênfase está nas palavras de Paulo em 1 Coríntios 10:12-13: "Portanto, aquele que pensa estar de pé, veja que não caia. Nenhuma tentação acomete você, exceto o que é comum à humanidade. E Deus é fiel; não permitirá que você seja tentado além do que pode suportar. Mas quando você for tentado, ele também providenciará uma saída para que possa suportá-la." Esta passagem nos garante que sempre existe uma saída providenciada por Deus para as tentações que enfrentamos.
A mensagem central é clara: em um mundo saturado de pressões para se conformar, o poder de dizer "não" pode redirecionar não apenas uma vida, mas potencialmente mudar história. Nos dias de hoje,onde as tentações são abundantes, desde pequenos confortos até grandes dilemas morais, somos lembrados de que, através de Cristo, temos a força para viver diferentemente. Utilizar escrituras como escudo e lembrar do exemplo daqueles que vieram antes de nós pode nos capacitar a fazer escolhas que honrem a Deus diariamente.
No enfrentamento das tentações, cada indivíduo é encorajado a refletir sobre seus valores, sua fé e o que realmente acredita. Dizer "não" a prazeres fugazes, pelo bem da retidão e do propósito, oferece não só honra, mas finalmente, uma vida de significado eterno.