
A Pureza do Evangelho
Paulo, Apóstolo de Jesus Cristo, inicia a Epístola aos Gálatas com uma mensagem poderosa e inesquecível. Ele ressalta que não é comissionado por homens, mas por Deus, reafirmando assim a autoridade e a veracidade de sua mensagem. Como ele diz em Gálatas 1:1, "Paulo, apóstolo, não da parte dos homens, nem por meio de homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai". Essa introdução não é apenas para afirmar seu apostolado, mas sim para defender a pureza inabalável do evangelho que pregava.
Paulo estava lidando com uma situação desafiadora: a presença de falsos mestres que perturbavam a paz dos Gálatas com um "outro evangelho", tornando essencial para ele esclarecer que qualquer deturpação do evangelho original é inaceitável. Evangelho este que é a "boa notícia" de que Cristo morreu pelos nossos pecados, libertando-nos do presente século maligno, segundo a vontade de Deus Pai (Gálatas 1:4).
A partir de sua experiência pessoal, Paulo nos adverte sobre os perigos de acrescentar algo ao evangelho da graça. "Se alguém vos prega um outro evangelho que vá além do que temos pregado, seja anatema" (Gálatas 1:8), nos recorda ele. Isso reforça a ideia de que o evangelho é, em sua essência, Cristo e nada mais.
Na época de Paulo, havia um risco real de a igreja se afastar da mensagem de graça pura devido às pressões culturais e religiosas. Muitas vezes, acrescentar obras ou práticas culturais ao evangelho pode parecer inofensivo, mas Paulo argumenta que isso deturpa a mensagem central de redenção pela graça somente. Assim, ele combate a noção do "evangelho das obras", que sugere que a salvação depende do desempenho humano e não da misericórdia divina.
Na aplicação prática, cabe a cada um de nós refletir se estamos vivendo uma fé baseada na graça ou se, desapercebidamente, abraçamos práticas que nos afastam da verdade do evangelho. Reconhecer que a nossa salvação é independente de nossas ações é crucial para vivermos em verdadeira paz. A graça nos liberta do fardo da auto-salvação e nos permite descansar na obra completa de Cristo.
Finalizamos com a lembrança de que a natureza do sacrifício de Cristo é de substituição – Ele morreu, para que vida e liberdade fossem nossas. A origem dessa salvação é a vontade de Deus, e não fruto dos nossos méritos. Assim, adoramos a Deus porque a glória é dEle pelos séculos dos séculos.
Que possamos manter a essência pura do evangelho em nossas vidas, permitindo que a graça traga paz para nós e para aqueles ao nosso redor.
Categoria: perdão