
A Missão dos Discípulos
Lucas 10:1-21 nos apresenta um momento crucial na vida de Jesus e seus seguidores. Ele nomeia setenta e dois discípulos e os envia dois a dois para cada cidade e local que Ele estava prestes a visitar. Ao enviar esses discípulos, Jesus não apenas delega uma tarefa, mas estabelece um padrão para o que significa ser Seu seguidor: ser um mensageiro da verdade divina. Essa passagem enfatiza que cada discípulo tem uma missão, uma mensagem e uma motivação essenciais para compartilhar o reino de Deus com o mundo.
A cena retrata Jesus falando sobre a colheita abundante e a necessidade de trabalhadores. Ele instrui os discípulos a não levarem bolsas, sacolas ou calçados, recomendando que digam paz às casas que entrarem. Eles são instruídos a aceitar a hospitalidade oferecida e a curar os doentes, proclamando que o reino de Deus está próximo. Se não forem bem recebidos, devem seguir em frente e alertar que até mesmo o pó daquela cidade será sacudido de seus pés. Essa promessa de que o reino está próximo é uma mensagem poderosa que precisa ser compartilhada, independente da recepção. A missão dos discípulos é mais do que espalhar uma mensagem oral; é um chamado para viver uma vida de serviço, cura e compaixão, transformando-se em agentes de mudança no mundo.
Ao longo do caminho, Jesus avisa sobre aqueles que rejeitam a mensagem, lembrando que rejeitá-los é equivalente a rejeitar a Deus. O retorno dos setenta e dois é marcado por alegria ao relatarem que até os demônios se submetem em nome de Jesus. Ele responde dizendo que viu Satanás cair como um relâmpago do céu, dotando-os de autoridade sobre o poder do inimigo, mas destaca que não devem se vangloriar disso, mas sim no fato de que seus nomes estão escritos no céu.
A aplicação dessa passagem para nossas vidas hoje é clara e poderosa. Cada cristão é chamado para ser um missionário no sentido mais pleno da palavra, não importando se somos líderes ou pessoas comuns. Somos todos chamados a compartilhar ativamente o evangelho, a verdade que transforma vidas e que não pode ser retida só para nós mesmos. Assim como os discípulos foram enviados para serem abraços de cura e esperança para outras comunidades, nós também devemos viver nossas vidas como reflexos desse amor desenfreado que Deus demonstra por nós.
Regozijemo-nos não pelo poder que podemos experimentar ou as façanhas que podemos realizar, mas sim pela certeza de que somos conhecidos e amados por Deus. Nosso valor não vem do que fazemos ou conquistamos, mas do fato de que nossos nomes estão registrados no céu por meio de Jesus Cristo. Vamos nos lembrar que nossa missão é muito maior que nossas necessidades pessoais; somos chamados a abandonar o foco em nós mesmos e a viver para servir às necessidades dos outros, atuando como instrumentos para remendar os tecidos desgastados deste mundo.
Vamos nos empenhar para viver essa chamada em nosso dia a dia, mostrando compaixão, servindo os necessitados e proclamando as boas-novas do evangelho como mensageiros fiéis e cheios de alegria.
Categoria: missões